segunda-feira, 29 de novembro de 2010

10 meses

Hoje completamos 10 meses em NYC. Faz frio e eu queria estar no Olímpico Monumental para o jogo de domingo. Os dias são curtos e talvez por isso aparentem passar mais rápido que o normal. Já montamos nossa árvore de Natal: mais uma coisa (ou menos uma) para antecipar 2011. Acontece uma coisa engraçada conosco. A saudade quase nos mata, mas também sabemos que vamos sentir falta de algumas coisas daqui. Estados Unidos da América: este é um país de extremos. Deveria me referir a Nova Iorque, mas vou pedir licença para tomar o todo pela parte. As coisas boas são muito boas e as coisas ruins também são muito ruins. O trânsito, por exemplo, é uma coisa boa. Imaginem uma São Paulo sem grandes engarrafamentos, exceto alguns poucos gargalos conhecidos de todos e sem absolutamente nenhum alagamento quando chove. Observei ao longo das principais vias um sistema eficiente de escoamento das águas. Outro detalhe: apesar do número absurdo de veículos, o trânsito flui de maneira aceitável e quase não se vê acidentes. Obviamente, colabora o fato de quase todo mundo respeitar as leis de trânsito e os pedestres. Eu normalmente sou estressado quando dirijo, mas aqui fiquei sempre tranquilo. Ainda vou tentar elaborar isso melhor.
Por outro lado, uma das coisas muito ruins daqui está no que eu e a Carla chamamos de “jeito americano de pensar”. Vou tentar me explicar melhor, mas já aviso que a palavra escrita tem suas limitações, ainda mais quando manuseada por alguém que não é do ramo. Os americanos seguem à risca uma espécie de lógica cartesiana. Não abrem espaço para a flexibilidade, ou seja, não conseguem ver as coisas de outra perspectiva. São nas pequenas coisas, nos detalhes mesmo que isso aparece. Exemplos disso: eles obrigam as crianças nas aulas a terem as mesmas condutas; eles me “forçaram” a tirar um fone de ouvido na pista de patinação porque eles estavam “provendo música” e outras coisas ridículas que agora me escapam. Eu não me acostumei e bati de frente com esse jeitão americano de ser. Não cheguei a fazer amizade forte com nenhum americano, apesar de ter alguns poucos de quem eu gostei bastante. Não pensem que foram 1 ou 2 casos isolados. A Carla também me relatou inúmeros casos de espanto lá no hospital.
Mas para não encompridar demais este post, vou fazer em breve 2 listas: as coisas das quais eu vou sentir saudade daqui e a lista das coisas que eu quero esquecer. Por hoje é só. Abraço a todos!

sábado, 27 de novembro de 2010

Feriadão

Estamos no meio de um feriado prolongado aqui nos Estados Unidos. O “Thanksgiving Day” (dia de ação de graças) é o mais importante feriado para os americanos. É quando as famílias se reúnem para simplesmente agradecer a Deus. Ele é celebrado sempre na quarta quinta-feira de novembro. Para muitos este dia é conhecido também como o “dia do peru”, tamanha a quantidade de perus assados. O que será que eles comem no Natal? Fomos até Manhattan para assistir a Macy’s Parade que é realizada bem no dia de ação de graças. Acho impressionante como os americanos gostam e prestigiam estas paradas. Fica sempre um “atrolho” de gente. Vou colocar algumas fotos depois. Na volta fizemos a nossa “ceia” com nossos amigos brasileiros. Mas nada de peru. Foi churrasco mesmo!
Os dias têm sido curtos. O fuso horário voltou a ser de 3 horas a menos, o mesmo de quando chegamos. O frio não me impediu de sair estes dias e ir pedalando até o Flushing. Fui e voltei em 1h e meia, num ritmo tranquilo, ouvindo o meu iPod novo. No domingo passado (21) fomos assistir “Rei Leão”. Sensacional! Recomendo demais. Pena que o nosso dinheiro está acabando, porque nós gostaríamos de assistir mais uns 3 ou 4 shows antes de voltarmos. Vamos ver o que ainda dá pra fazer. Abraços a todos!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Jantar Dançante e Férias

Estou mesmo em fim de carreira! Fui com a Carla num jantar dançante dos pais da escola do Pedro. O lugar era bem chique: pus gravata, sobretudo, etc. A comida, que eu esperava que fosse maravilhosa pelo preço salgado do convite, foi uma decepção. Mas fomos mais pela companhia dos nossos amigos brasileiros. Foi interessante também para ver como são os americanos quando se “soltam” um pouco depois de beber. São tantas as regras no sistema americano que é difícil ver eles se permitirem algo. Não sei bem qual termo usar. Eles são um pouco bregas e um tanto desengonçados. As mulheres americanas não são nada vaidosas. As asiáticas capricham bem mais na produção. Mas como é que dizia mesmo o refrão daquela música? “Mulher brasileira em primeiro lugar”. Não preciso falar mais nada, não é? No fim das contas, acabamos nos divertindo. O DJ era razoável e a pista ficou cheia a maior parte do tempo. As festas brasileiras, às vezes, começam por volta da meia-noite. Bem, as americanas terminam à meia-noite. Será que eles viram abóboras?
Mudando de assunto, em exatos 3 meses estaremos voando para o Brasil. Para minha surpresa, numa troca de e-mails com meu chefe, descobri que, ao voltar pra PROCEMPA, estou obrigado a tirar férias. É mole ou quer mais! Tenho que trabalhar 1 dia e sair em férias, por força da lei. Eu achava que estando em licença não teria direito às férias. Ledo engano. Então faltam 3 meses para eu sair em férias. Vai ser bom para nós podermos organizar a casa, a escola dos guris, etc. Trabalho é o que não vai faltar! Abraço a todos!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Passagem marcada, maratona e patinação (tombos) no gelo

Espero que algum amigo que tenha visto o show do Paul me conte como foi. Por enquanto, só li uma crítica e foi bem generosa. Deve ter sido o máximo! Agora no clicrbs eu vi que vai ter um show da Amy Winehouse em Floripa, no dia 8 de janeiro. Eu iria neste também, se estivesse aí...
Estamos com a passagem da volta para POA comprada: sairemos dia 15 de fevereiro, chegando nos pampas no dia 16, pela manhã. Então temos que correr para aproveitar o máximo que a cidade nos oferece, antes que fique frio demais. E por falar em corrida, ontem foi a maratona de NY. Estava 2 ou 3 graus, mas tinha gente que corria sem camisa. E tinha muita gente! Escolhemos a ponte de queensboro, na altura da Rua 59, para ver os corredores. O primeiro pelotão passou por lá com 1h19 de prova. Estava tão preocupado em filmar, que não vi o brasileiro Marílson (que já ganhou duas vezes – 2006 e 2008) passar. Ele estava entre os primeiros e terminou em sétimo lugar. A filmagem ficou uma porcaria e eu já apaguei do micro. Depois fomos até o Central Park para ainda ver um pouco da corrida. Para nosso desgosto, eles montam arquibancada e cobram ingresso para ver a linha de chegada. Só dava pra ver de longe. Fiquei impressionado com a quantidade de gente que completa a prova e chega bem. Outra coisa sensacional é que a cidade vive a maratona: todo mundo aplaude os corredores e a organização é impecável.
Depois disso, voltamos para o meio do parque. Almoçamos e fomos brincar de cair no gelo. A pista de patinação do Trump tem uma linda vista para o skyline de Manhattan. Não é muito barato, mas é algo que todo mundo tem que tentar. Eu tenho pouquíssimo, para não dizer nenhum, equilíbrio. O Pedro, pra variar, depois de várias quedas, já estava patinando. Criança aprende muito rápido mesmo. Qualquer coisa. Eu, no fundo, tinha medo de parar no hospital. Mas no finzinho, me aventurei um pouco mais. A bunda ficou doendo, mas não quebrei a bacia. É tudo prática, dizem. Será? A Carla foi um pouco melhor do que eu. Já o Artur não ficou muito a vontade com as botas e desistiu logo. Enfim, já era noite quando fomos embora. No caminho até o metrô, ainda pudemos ver os últimos que, mal ou bem, completavam a maratona. E ainda tinha gente aplaudindo. Tinha um velhinho que estava com o corpo totalmente pendido para o lado e que era acompanhado de perto por alguém da organização. Por Deus do céu! A cena era idêntica aquela eternizada pela suíça Gabriela Andersen na maratona de Los Angeles nos jogos olímpicos de 1984. Bom, depois de tantas emoções, fomos dormir exaustos, porém felizes. Abraço a todos!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Por volta dos 3

É só o começo de novembro, mas o frio já chegou com força. Desde domingo, ao amanhecer, a temperatura é próxima dos 3 graus Celsius. Um pouquinho mais, um pouquinho menos. Acabado o Halloween, agora as lojas estão todas com decoração de Natal. Mas antes de seguir, conforme eu havia prometido, aqui estão as fotos da festa de Halloween. Podem rir um pouco. Estamos todos precisando. Avizinham-se tempos talvez ainda mais difíceis para o nosso país. Vejo com muita preocupação o resultado saído das urnas. Mas vou deixar estas preocupações fora do blog, pois não quero, nesta altura do campeonato, criar polêmicas e o propósito deste blog é sabidamente outro.
Mudando de assunto, hoje foi dia de eleições nos EUA e, por isso, o Pedro não teve aula. Ele me pediu e acabamos indo à Manhattan para passear no Central Park. É muito lindo aquele parque no outono. Como decidimos de última hora, acabei esquecendo a máquina fotográfica. Tudo bem. Há coisas que ficam gravadas na nossa retina.
Para terminar, nós conseguimos mandar com a nossa amiga Rô mais uma mala para o Brasil, com as roupas de verão. Nosso compadre Thomas apanhou-a no Salgado Filho. E assim, aos poucos, vamos fazendo o caminho de volta. Abraço a todos!