domingo, 27 de junho de 2010

Roberto Moisés e viroses

Ontem fomos a uma praia de Long Island chamada Robert Moses. Era muito parecida com a anterior, Jones Beach. A vantagem desta era ter o estacionamento mais próximo da areia, tornando a função de carregar brinquedos, cadeiras, barraca, brinquedos, piscininha, coolers, crianças (sim, nestas ocasiões eles não caminham nem 200m), etc. menos sacrificada. As praias daqui me lembram as do Rio Grande. Elas são retas e a água é bem gelada. A diferença está na cor da água, que aqui é verde, e no carrinho do picolé, que aqui não existe. E as regras que eu já mencionei no post anterior. Ok, há banheiros e estacionamento. O Artur, um minuto antes de chegarmos à cancela para pagar os 10 dólares do estacionamento, literalmente, lavou o carro de vômito. Então, antes de ir pra areia, passamos um bom tempo limpando a “nossa” Cherokee. O Marco e a Camila apenas riam com o nosso constrangimento. Aquela era uma cena comum pra eles. A Carla limpou o banco que, por ser de couro, facilitou o trabalho. Eu fui pro banheiro com as roupas e a capa do assento. Fiz o que pude. No banheiro tinha um sabonete de espuma. Os que me conhecem sabem que, nestas horas, o meu lado obsessivo vem à tona. Após várias enxaguadas, voltei pro carro, estendi tudo e deixei umas frestas no vidro que foram suficientes para a volta.
Chegando em casa, nós trocamos a cadeira vomitada por outra idêntica que nós compramos para o Pedro ainda em Fevereiro. Abasteci o carro e fui devolvê-lo. Peguei emprestadas algumas ferramentas com o Marco e fui-me “divertir” instalando o ar-condicionado de janela que comprei pela manhã, antes de irmos à praia. Na maior cara-de-pau, propus ao vendedor que me comprasse o ar de volta, pela metade do preço, ao término do verão. Ele ficou de pensar. Voltaremos a conversar em setembro.
Voltando ao Artur, essas viroses são um saco. Os meus amigos que são “pais de primeira viagem” que se preparem. Já na madrugada anterior, 2h da manhã pra ser preciso, eu tive que descer no porão para lavar toda a roupa de cama, incluindo o travesseiro, pois o Artur vomitara tudo. Obviamente, ele foi dormir na nossa cama. Mesmo cansados, não desistimos da praia. Como diz aquela máxima: Não basta ser pai...Abraço a todos!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

99 graus

Ontem fez 99 graus Farenheit, isto é, 37 graus Celsius. Eu a Carla divergimos neste ponto. Para mim está quente; para ela, insuportável. Já disse aqui e repito: os 37 daqui, sem umidade, equivalem, eu sei lá, a uns 29 ou 30 graus em “Forno Alegre”. Naturalmente, existem dias em que há umidade, mas graças a Deus, estes são raros. Nestes dias, é melhor ficar em casa mesmo. E os americanos não sabem o que é umidade. Não conhecem a nossa depressão central. O barbeiro que cortou meu cabelo ontem disse que, por causa da umidade, estava 100, 101 graus. Eu discordei em pensamento, balançando a cabeça afirmativamente e seguindo o finalzinho do jogo Holanda X Camarões. Aliás, a Holanda, na minha modesta opinião, é quem está com o time mais certinho nesta Copa. Hoje, vai ser outro dia daqueles. Já que o jogo da seleção é pela manhã, não vou nadar. Vou assistir sozinho em casa. E com o a ar ligado! Abraço a todos!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Que país é esse?

Promessa é dívida. Aqui estão as fotos de Flushing, área, vamos dizer assim, asiática do Queens. As fotos falam por si. É o cenário que eu vejo quando vou nadar. As últimas 3 fotos são do parque aquático. Não sei se a maioria é chinesa ou coreana, mas durante 3 dias, ao chegar na estação depois de nadar eu ouvia um barulho de vuvuzela e um amontoado de gente. Pensava cá com meus botões: “opa, estão vendo a Copa”. Quando eu chegava perto pra conferir, constatava que era o replay do jogo Brasil x Coréia do Norte. Três dias seguidos. Estranho, não? Hoje, além de bater as fotos, eu fiz compra num supermercado de lá, pois as verduras, legumes e frutas são baratíssimos se comparados com qualquer outro lugar. Carreguei 3 sacolas cheias no trem. Estou exausto, porque nadei meus 4km e ainda fiz uma hora de musculação. É mole?
Agora vou comprar leite e pão, cortar o cabelo, buscar o Pedro na escola, levá-lo pra aula de violino, pegar o Artur, trazê-los pra casa, fazer o tema de aula com o Pedro, dar banho nos dois, etc. Ou seja, tem muito dia pela frente. Abraço a todos!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Soho e Little Italy

O verão começou oficialmente aqui e os dias estão muito quentes. À noite, estamos ligando o ar e dormindo na sala, graças ao colchão inflável que compramos pra esperar os dindos do Pedro que vem no final de Julho. Ainda temos que providenciar mais 2 colchões, pois a tia da Carla e a filha Fernanda (afilhada da Carla), também vem nos visitar em Julho.
Agora pela manhã, eu e a Carla fizemos o nosso passeio em Manhattan de todas as quartas-feiras pela manhã, sem as crianças que estão na escola. Fomos conhecer o Soho e Little Italy. O Soho, cujo nome é uma abreviatura de South of Houston Street, é um pequeno bairro, conhecidíssimo por ser o lugar onde vivem vários artistas plásticos. Então as ruas são repletas de galerias de arte e lojas de grifes famosas, especialmente na Broadway. Vimos também que o lugar é repleto de bares e pubs. Se conseguirmos uma babá qualquer dia desses, vamos voltar lá para desfrutar um pouco da vida noturna. Saindo do Soho e caminhando 2 quadras, já chegamos em Little Italy. O nome diz tudo. Parece a Itália. Muitos restaurantes, todos cheios e ligados na Copa. Eu a Carla almoçamos bem e barato num deles e, de quebra, ainda assistimos aos Estados Unidos fazerem 1x0 na prorrogação e alcançarem às oitavas-de-final. Sabem que agora estou vendo mais americanos se interessando pela Copa. Parece que o espírito da coisa está chegando aqui, ainda que com algum atraso. Sim, mas chega de conversa fiada. Aqui estão as fotos. Abraço a todos!

domingo, 20 de junho de 2010

Jones Beach e Dia dos Pais

Na sexta-feira, depois da aula dos guris, fomos a Manhattan dar um passeio na hora do rush em plena Times Square. Obviamente, era um formigueiro total, com muitos turistas fotografando os imensos painéis luminosos e muita gente na fila to TKTS pelos ingressos dos shows. Entramos numa loja de instrumentos percussivos e compramos um agogô, dois sheiks e duas baquetas para os guris fazerem uma barulheira aqui em casa. É o que eu chamo de fazer um gol contra, ehehe. Mas o Pedro merecia, depois de ser escolhido estudante do mês.
Já na Penn Station, compramos uma daquelas barracas 3X3 que dá pra muita gente ficar embaixo e se proteger do sol. Ontem nós já a usamos, pois fomos a uma praia chamada Jones Beach. Fomos com a Cherokee de nossos amigos brasileiros (já estamos mal-acostumados). A praia é paga: 10 dólares para deixar o carro em um dos vários estacionamentos e carregar toda a tralha no braço para a beira da praia (e não era pouca). Na praia de água gelada, mas que eu encarei, não tinha nenhum vendedor ambulante. Os americanos são cheios de regras, algumas delas incompreensíveis e outras para serem quebradas. Tinha uma linha marcando, por exemplo, o limite máximo pra colocar guarda-sol perto da água. Além disso, não podia ter música, animais e bebidas alcoólicas. Eu e o Marco começamos a beber cerveja escondido. Abríamos as long necks dentro do cooler e já servíamos os copos. De repente, vimos várias pessoas bebendo escancaradamente. Mesmo assim, continuamos bebendo escondido até acabarem as mesmas. Havia vários policiais e a gente não ia querer confusão, né? Mais ou menos, porque, para nadar, eu tive que dar mil explicações aos salva-vidas de apitos irritantes que ficavam usando a toda hora. Como vocês podem imaginar, fizemos aquela farofada e éramos os únicos com a barraca grande. Saí com a tradicional corzinha vermelho-camarão e na volta encaramos um engarrafamento na highway. Senti-me na freeway, voltando de capão-da-canoa. Mas foi divertido.
Hoje, para nós brasileiros, é um dia comum, ou quase, porque a seleção volta a jogar na Copa. Além do aniversário de uma amiga querida (Nade) não teria nada a comemorar. Diferentemente do Dia das Mães que é comemorado no mesmo dia no Brasil, aqui nos EUA, hoje é Dia dos Pais. Já ganhei presentes (adivinhem quem comprou) e cartões dos guris que me fizeram chorar e pensar em todos os meus amigos, muitos dos quais tiveram filhos depois que viajamos e, então, eu ainda não pude felicitá-los pessoalmente (Miguelito Dora, Ricardo Pecoits, Gugu Santos). Sem falar no meu cunhado-irmão que será pai antes mesmo de voltarmos. Pois é! São muitas emoções. Vamos comemorar com um churrasco e esperar pela hora do jogo. Abraços!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Só falta o Obama

Primeiro chegou uma folha amarela assinada pela diretora, dizendo que o Pedro era o estudante do mês de Junho da turma dele. Até pensamos em enquadrar, porém, no dia seguinte, chegou um Certificado de Mérito assinado por um membro da Assembléia do Estado de Nova Iorque. Ok, esse é mais legal ainda, vamos enquadrá-lo também. Mas, hoje, chegou mais um Certificado de Mérito e, desta, feita, assinado por Frank Padavan, senador pelo Estado de Nova Iorque. Ah, não, agora não vou embora até chegar um Certificado assinado pelo Obama. Brincadeiras à parte eles levam a sério mesmo esta forma de homenagear os alunos que se destacam a cada mês. Há poucos instantes, na escola, o Pedro foi chamado e recebeu outro Certificado com o nome dele e a foto de todos os alunos destaques deste mês. Aqui estão as fotos. O que dizer? Parabéns filhão! Abraço a todos!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fotos e condecoração

Um álbum e fotos de 3 lugares. Aqui vocês vão, primeiramente, ver as fotos do Jardim Botânico do Broklyn, algumas das quais, batidas pelo Pedro. Depois, na sequência, vêm as fotos do campus da Columbia University que visitamos hoje e, por fim, algumas fotos, também de hoje, de Upper West Side, cujo link da Wikipédia esta aqui.
A preguiça anda batendo, ainda mais que faltam poucos dias para o Pedro entrar de férias e estamos numa correria danada. Hoje teve festa de encerramento na sala de aula dele. Amanhã, tem uma reunião de pais na escola. Será a primeira que vamos participar. O Pedro, para nossa surpresa e dele também, foi escolhido “estudante do mês de Junho”. Estamos orgulhosos e já noticiamos aos quatro ventos esta conquista. É algo que certamente vai marcar a nossa estada aqui em NY. Abraço a todos!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Manhattan e Brooklyn

Pela primeira vez escrevo no trem, indo pra casa depois da aula de JAVA. Eu tenho 18 minutos pra chegar à Penn Station e pegar o trem das 9h48min. Se eu perco este, o próximo é 10h18min. A aula é no décimo andar dum belíssimo prédio na Rua 42, entre a quinta e a sexta avenida. Mas basta apertar o passo: fiz o trajeto em 12 minutos. Manhattan à noite é bem mais calma. Nem de longe se parece com a cidade de 16 milhões de cabeças (somando os 5 distritos). A gente consegue andar rapidamente, sem ter que desviar das pessoas. Somente Times Squares, que fica próximo da minha aula, é que fica sempre lotado de gente. É o coração da cidade. É onde a cidade “never sleeps”, como diz a canção que é o hit número 1 dos casamentos. O motivo é que, além dos sinais luminosos que hipnotizam todo mundo, nesta região ficam 80% dos teatros. E eles estão sempre lotados. Fácil de entender, né? Se eu ainda me lembro bem, Paris tem mais lugares que pulverizam a atenção dos turistas, mas isso é outra estória.
Agora já estou em casa, mas eu ando sem medo algum, apesar de carregar um notebook nas costas. Ainda não experimentei esta sensação de insegurança. E olha que a minha rua não é bem iluminada. Entretanto, não dou chance ao azar. Sempre tomo alguns cuidados básicos, ainda mais quando estou com a Carla e as crianças. No último Domingo, fomos ao Brooklyn, lugar que todo mundo diz ser perigoso e que não tínhamos ido até então. Entre trem e metrô, levamos 1 hora para chegar lá. Fomos conhecer o Jardim Botânico que tem mais de 100 anos. Numa palavra só: imperdível. Como o Pedro tomou conta de uma das máquinas, vocês vão ver fotos de uma perspectiva diferente. Quando saímos, depois de umas 2 horas, começou a chover. Então resolvemos voltar pra casa e adiar algumas coisas que queríamos conhecer, como alguns cenários dos filmes do Woody Allen (Park Slope). Fica pra próxima. Abraço a todos!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Copa do Mundo

Parece que hoje começa a Copa, não é? Não nos EUA. Aqui o clima de Copa não domina a cena. Apenas alguns bares em Manhattan estão enfeitados e preparados para o evento. E nesses lugares sempre tem uma bandeira do Brasil. O beisebol e o basquete continuam imbatíveis nas manchetes. Algum espaço é dado obviamente, porque tem uma grande comunidade hispânica que assiste e discute futebol. Enquanto escrevo, assisto ao canal FOX SPORTS, em espanhol, que tá ligado na Copa. Há pouco passou uma reportagem sobre a bola. Pelo que entendi, todo mundo está reclamando da bola oficial da Copa. Que coisa de louco! Agora só estão discutindo as chances do México depois do empate com a África do Sul, que eu não vi, pois estava nadando. Os comentaristas estão fazendo uma análise complexa do México com uma cara bem sisuda. Coisa muito séria! Daqui há instantes vai começar Uruguai X França. Vou sair pra pegar os guris, mas talvez assista um pouco. Amanhã, meu amigo brasileiro Marco já me convidou para assistir na casa dele ao jogo Argentina X Nigéria. Este eu não perco. Dá-lhe Nigéria! Abraço a todos!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dindos na Broadway

Pela primeira vez nos meus 44 anos vou ter um afilhado oficial. O meu cunhado, que eu considero meu irmão, e a esposa (dindos do Pedro) serão pais pela primeira vez e nos escolheram como padrinhos do filho (a). Eu aposto que é uma menina. Estou muito feliz, pois, até então, só tinha afilhados emprestados da Carla que já contabilizava 3 antes desta notícia maravilhosa. Estava esperando a confirmação oficial para postar no blog, embora já tenhamos comprado o primeiro presentinho há alguns dias atrás. Parabéns Marlinho e Mila!
Ontem os dindos, faceiros da vida e sozinhos em Manhattan, aproveitaram para curtir seu primeiro musical da Broadway: O Fantasma da Ópera. O que faz um show permanecer tanto tempo em cena? Sei lá! Perguntem para o Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky do “Tangos e Tragédias”. O fato é que The Phantom, há 22 anos em cartaz, continua lotando o teatro Majestic. A estréia foi 26 de janeiro de 1988. Eu mesmo já o tinha visto há 13 anos. Outros espetáculos, alguns dos quais eu vi naquela época como Cats, Miss Saigon, Les Miserables não estão mais em cena. Mas o fantasma segue. A resposta é óbvia: tudo é muito bom. A produção é fantástica: cenários exuberantes, vestimentas de época impecáveis, perfeição nos detalhes. Os atores-cantores são de primeira grandeza a estória (que todo mundo conhece um pouco) é perfeita. Agora vamos pensar no próximo show. Estão na lista dos que queremos assistir: Hair, West Side Story, Chicago, etc. Mas muito provavelmente o próximo será “Mary Poppins” e nós vamos levar o Pedro. O Artur, pela idade, não pode ir a nenhum, porém vamos tentar levá-lo no Rei Leão, usando o jeitinho brasileiro. Abraço a todos!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Aula

Eu estava muito ansioso ontem na minha primeira aula do curso de JAVA. Talvez até com medo de ficar perdido e não entender o professor. Foram 3h e meia de concentração total. UFA! Consegui acompanhar legal. Uma ou outra palavra me escapou. Tudo normal pra quem não tá falando inglês todos os dias. O professor é uma figura: engraçado, super didático e exigente. Antes da aula ele já tinha mandado um e-mail para a turma, com um link da página onde tinha todas as informações necessárias do curso, o material de 16 páginas para ser lido já para a primeira aula, etc. Em 10 sessões apenas, terei 2 provas. Além disso, toda aula tenho que chegar com as leituras do capítulo do livro indicado, das notas do professor e o tema de casa, of course, pois fazem parte da nota final. Mas apesar, de tudo, saí da aula com aquela sensação de alívio. E correndo para não perder o trem das 9h50min!
Antes da aula, tinha ido para Manhattan com os guris para encontrarmos a Carla. O Pedro tinha uma consulta com um optometrista, pois, na escola, eles estavam suspeitando que o Pedro estivesse com alguma deficiência. Graças a Deus, a visão dele está perfeita.
Por fim, aqui vai um link de um álbum sem título. Ele tem fotos das crianças, da escolinha do Artur, da aula de violino do Pedro, da belezoca do nosso ar improvisado, da praia em Coney Island (no dia do aquário), etc. Enjoy! Abraço a todos!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dia cheio

Os posts estão rareando. Um pouco pela falta de assunto e um pouco pela falta de criatividade do blogueiro de contar mais estórias. O calor veio com tudo, o que sempre é uma boa desculpa pra fazer outras coisas. Hoje, por exemplo, saí pra comprar uma mangueira pra encher a piscina plástica que está no quintal. Mas, antes de enchê-la, tenho que esvaziá-la e limpá-la. Que trabalhão!
E por falar em piscina, pela manhã eu fui nadar no complexo de Flushing. Já mencionei aqui que, quando desço do trem, parece que estou em outro país. Prometo colocar algumas fotos no picasaweb pra vocês entenderem a real dimensão do que eu digo. Os odores da culinária chinesa dominam o ambiente. Entretanto, nestes dias mais quentes, sinto também odores fétidos que se misturam aos primeiros. Tento prender a respiração, atravessar a rua, mudar de caminho, etc., mas não adianta. Parece que tenho pagar esta penitência antes de chegar à piscina. E na volta, pago de novo, pois a estação fica no fervo da rua principal, Main Street, que é abarrotada de gente que fica passando e comprando comida pronta chinesa: macarrão, panquecas, caldos (que parecem uma água suja) em embalagens plásticas descartáveis. O mais interessante de tudo é que eles comem isso a qualquer hora do dia. Prometo tentar registrar isso nas fotos.
Na parte da tarde, desci no porão da casa (basement), onde ficam a lavadora e a secadora. Entre a enorme, monstruosa quantidade de entulhos (palavra legal pra lixo) que têm lá, eu achei e decidi subir um ar-condicionado que estava funcionando. Havia mais um lá embaixo, mas não estava ok. Então chamei um cara que é uma espécie de “faz-tudo” da dona da casa pra colocar o ar na janela da sala. Vou bater uma foto do trabalho final. Isso é o que eu chamo de improvisação. Aliás, eu mesmo, tenho improvisado um monte (pra usar uma expressão porto-alegrense) nas mais diversas situações. A improvisação não deixa de ser um dos parâmetros, talvez o principal, da adaptação. Adaptação a um novo habitat. É isso aí! Dá-lhe improviso! Abraço a todos!