quinta-feira, 30 de setembro de 2010

44

Mas com corpinho de 43 e meio! Pois é. Um ano mais velho e longe (em distância) da maioria dos meus amigos. Obrigado a todos que se lembraram, mas não fico triste com aqueles que esqueceram porque eu sei que datas é uma coisa terrível de lembrar para muitas pessoas. Neste ponto, temos que dar algum crédito a estes sites tipo Facebook, Twitter, Orkut, etc. Não sou muito freqüentador, embora tenha conta em todos. Eles nos ajudam a lembrar dos aniversários dos amigos e até nos avisam por e-mail, o que acaba sendo super útil e prático.
Ontem completamos mais um mês nos “esteites”. Como eu disse num post anterior a contagem regressiva já começou. Até meu chefe, Edgardo, me mandou um e-mail parabenizando, mas dizendo que está com saudade. Quando o chefe da gente diz que está com saudades, isto quer dizer que deve ter muito trabalho nos esperando, ehehehe! Deixando de lado as brincadeiras, queria poder, no dia de hoje, estar perto fisicamente dos meus amigos. Isto porque, ao contrário da maioria, eu gosto de comemorar aniversário. Pelo menos por enquanto. Fisicamente ainda estou igual como estava antes de vir para cá. Nem mais gordo, nem mais magro. Uma meia dúzia de fios de cabelo a menos, mas isso é inevitável. Mas acho que a cabeça não tem como ficar imune a uma vivência deste gênero. Estou mais próximo dos meus filhos, mais família, mais consciente da imensa sorte com a qual eu fui agraciado nesta vida: uma família maravilhosa, cheia de saúde e todos, de alguma forma, aproveitando e crescendo junto com esta passagem por aqui. Abraço a todos!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Harvard

Boston ficará nas nossas lembranças. O tempo não ajudou, mas também não impediu que conhecêssemos a cidade. Uma das coisas inesquecíveis foi conhecer a universidade de Harvard. No entanto ela fica na cidade de Cambridge, que fica do outro lado do rio Charles. Fomos 2 vezes lá. Na primeira, por causa da chuva, fomos conhecer o Harvard Museum of Natural History. É o “primo pobre” do famoso museu de Manhattan, mas não menos interessante. Ao sairmos de lá, numa pausa da chuva, demos uma pequena voltinha a pé, numa parte do campus e depois, de carro, ficamos procurando um prédio interessantíssimo que tínhamos visto no passeio do duck tour, mas não achamos. Não foi o bastante. Voltamos ontem e, depois de procurar por muito tempo um lugar para estacionar, resolvemos caminhar pelas ruas de Harvard. A cidade se mistura com a universidade. Parece até que se a gente respira bem fundo, fica um pouquinho mais inteligente. Em 1986, a universidade completou 350 anos. A isso damos o nome de tradição, não é mesmo? O ambiente acadêmico está recheado de livrarias, restaurantes, os famosos jardins, gente jovem, gente com cara de CDF, gente descolada, etc. Tinha também muita gente correndo nas ruas, apesar da chuva. A cidade é plana, o que favorece este esporte. À noite a Carla foi acompanhar um exame no laboratório do sono da Faculdade de Medicina. Voltou impressionada pela parafernália utilizada na polissonografia feita ali. Além disso, ela foi aprender uma técnica de eletromiografia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Eletromiografia). Tudo em prol do sono. Não posso falar mais, pois foge muito da minha seara. Só sei que ela ficou maravilhada.
Ainda ontem, pela manhã, enquanto a Carla estava no congresso, eu e as crianças fomos conhecer a fragata USS Constitution (http://en.wikipedia.org/wiki/USS_Constitution). É a fragata mais velha do mundo e um dos ícones da história americana. Sem palavras!
Mas tudo que é bom acaba. Hoje foi dia de arrumar as malas e voltar pra NY. Ficou uma vontade de voltar para Boston, para curtir com calma a cidade. Já escrevo este post da minha casa, aproveitando minhas 2 últimas horas com 43 anos. Amanhã, quando acordar, já estarei mais velho! Abraço a todos!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Que cidade tchê!

Boston é uma linda cidade, tanto pra se conhecer, quanto para morar. Tem tudo que tem em NY e não é tão populoso o que te permite realmente ver as coisas. Chegamos no sábado, 25. Saímos às 10h e um pouco antes das 14h, já estávamos no centro de convenções, para a Carla pegar sua credencial do congresso, programa, etc. De cara, já encontramos um amigo e colega dela de POA. E descobrimos que vários colegas otorrinos de POA vieram para o encontro de Boston.
Depois viemos para o hotel Holiday Inn. A relação custo benefício desta rede de hotéis é muito boa. Pra que tem crianças é muito bom ter micro-ondas no quarto, além do frigobar. O espaço do quarto é ótimo, principalmente num dia como hoje: amanheceu chovendo e eu tive que ficar no hotel com eles, enquanto a Carla foi para o congresso. Ao meio-dia ela ia ter um encontro técnico em HARVARD, que deve estar acontecendo neste exato momento.
Mas voltando à cidade, ontem, domingo, fizemos o famoso passeio “duck tour”. É uma espécie de ônibus-anfíbio. Ele faz um trajeto pelos principais pontos turísticos da cidade e depois entra na água literalmente. O conDUCKtor, que era uma figura engraçadíssima, convidou o Pedro e o Artur para dirigirem o “barco”. A vista da cidade de dentro d’água é maravilhosa. O passeio durou 90 minutos e foi o último que fizemos antes da virada no tempo. Graças a Deus, como chegamos cedo no sábado, pudemos conhecer caminhando o centro da cidade. Pegamos o metrô bem perto do hotel e já descemos no Boston Common. Este parque, que data de 1634, é uma espécie de Central Park de Boston. Caminhamos por ele e pelas ruas em volta, até chegar no Quincy Market. Neste mercado encontram-se todos os tipos de comidas imagináveis. Eu e a Carla tomamos a não menos famosa Clam Chowder, um sopa de frutos do mar, que vinha servida dentro de um pão enorme. Esta era uma das dicas certeiras dos amigos CURT e GEYZA. Ficou o gostinho de quero mais. Vou repetir certamente antes de ir embora. Como era noite de sábado, as ruas estavam fervendo. Muita música free, muita coisa rolando. No caminho de volta para a estação de metrô presenciamos algo inusitado. Era uma espécie de passeio guiado a um pequeno cemitério bem no centro, onde tinha gente famosa enterrada, do ponto de vista histórico. Até aí tudo bem. Mas as guias estavam um tanto fantasiadas de bruxas ou algo tipo “thriller” do Michael Jackson. Elas estavam claramente atuando: abriram o portão do cemitério e colocaram uma pá de gente pra dentro e depois trancaram todo mundo e saíram correndo e gritando: “vejo vocês pela manhã”. Eu e a Carla achamos tudo muito divertido e as crianças não entenderam nada, mas adoraram o “teatro”. Aguardem as fotos! Um abraço a todos.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Boston

Amanhã vamos para Boston, Massachussets. A Carla vai participar da academia americana de otorrino. E todos nós vamos aproveitar esta que, talvez, seja a nossa última grande viagem antes de voltarmos para o Brasil. Além da academia, a Carla tem agendado um encontro com um pesquisador em HARVARD. Que máximo! O Curt, que trabalhou na PROCEMPA, há mil anos, e a Geyza, sua esposa, que moram em Sampa, fizeram MBA em HARVARD. Eles nos deram algumas dicas de lugares e coisas para fazer em Boston. A expectativa é grande pelo passeio no carro anfíbio, conhecer os parques, o centro, os estádios e tomar a famosa sopa de frutos do mar. Tomara que dê tempo para tudo. Abraços a todos!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Festa 3 anos Artur

Hoje, se estivesse no Brasil, estaria fazendo um churrasquinho, pilchado, tomando um chimarrão e aproveitando o feriado. Mas estou aqui em Nova Iorque, o que não é nada mal, atualizando o blog e curtindo o Artur que agora só vai pra creche de terça à quinta.
No sábado fizemos a sua festinha de 3 aninhos. Fotos aqui. Aquela máxima de que passa tudo muito rápido tem um fundo de verdade: parece que ele nasceu ontem. Entretanto, é impressionante o quão diferente ele está, suas habilidades, o inglês incipiente aprendido naturalmente na creche. Ele vai voltar outro menino em 5 meses. Aliás, todos nós vamos levar algo indelével daqui. Já começamos, sem perceber, a fazer nossa despedida. O aviso do “começo do fim” está até mesmo nas lojas que, ao lado das coisas de Halloween, celebrado no último dia de outubro, já começaram a colocar as decorações de NATAL. É bem verdade que a temperatura amena ainda nos convida a sair pra rua. Depois, quando chegar o inverno e ficarmos mais reclusos, os dias não passarão assim tão rápido. Sei lá. Buenas, chega de divagações. Abraço a todos!

domingo, 19 de setembro de 2010

Depois da tempestade...

Vem a bonança (after the storm comes a calm). Assim diz o ditado! Ontem, já mais tranqüilos, fizemos uma festinha para o Artur sobre a qual vou falar no próximo post.
Mas na quinta-feira passada, passou um TORNADO devastador por aqui, especificamente em Long Island. Os americanos ficaram divididos: uns disseram que nunca tinha havido coisa parecida, outros disseram que já houve sim. O fato é que durante 5 minutos eu morri de medo. Olhando pela janela, voava tudo. Os maiores estragos ocorreram justamente aqui em Bayside e em Great Neck. Vejam estas fotos. Quando passou, todo mundo saiu pra rua para conferir os estragos. Parecia um cenário de guerra. Mas curiosamente, as casas, apesar de velhas, estavam firmes e fortes, mesmos as que foram atingidas pelas árvores. Se fora no Brasil, sem preconceito, haveriam centenas de desabrigados. Aqui os danos restringiram-se à rede elétrica e as centenas de árvores arrancadas, algumas com raiz e tudo. Ficamos sem telefone, internet e TV a cabo por 24 horas. Também o playground do parque Crocheron está fechado, por causa da grande quantidade de árvores derrubadas. Uma única morte aconteceu porque um casal, esperando a tormenta passar, parou o carro e uma árvore caiu em cima. Eu estava com as crianças em casa, vendo tudo pela janela e a Carla estava no hospital em Manhattan, onde só caiu uma chuva forte. Mas as árvores fecharam os trilhos e não havia trem para ela voltar. Ele levou quase 3 horas para chegar, porque teve que pegar o metrô (linha 7) até Flushing e, de lá, pegar um ônibus até Bayside. Imaginem o caos, a quantidade de pessoas na Penn Station. Sem trens para Long Island, muitos passaram a noite em Manhattan. Os trilhos só foram desobstruídos no dia seguinte. Na sexta e ontem, muitos bombeiros na rua. E muito trabalho para a Con Edison, a empresa de eletricidade daqui. Agora está tudo mais calmo, mas há muitos galhos e árvores para serem retirados. Buenas, é isso. O próximo post é sobre o Tutui. Abraço a todos!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A incrível história da final do US OPEN

No mesmo dia em que recebi uma notícia preocupante sobre o estado de saúde do meu irmão que fora internado às pressas devido a uma crise de apendicite aguda, aconteceram uma sucessão de fatos inverossímeis que culminaram em um final feliz: na noite de ontem assisti 1 set e meio da final do US OPEN sem pagar um tostão sequer. A final foi adiada de domingo para segunda-feira por causa da chuva. O Paulinho e o Muller aproveitaram então a noite de domingo para assistir ao STOMP, que já esteve em POA há alguns anos. Saíram falando maravilhas do show e me agradecendo pela dica. Mas, voltando à final....
O problema é que o tempo, nesta época do ano, é muito instável. O vôo deles estava marcado para 9h45 de ontem. A final começou por volta das 4h30. Adivinhem? Começou a chover na metade do segundo set e eles tiveram que ir para o aeroporto, sem poder ver o fim do jogo, que talvez até ficasse para hoje. Não tinha como prever a duração da chuva. Eles me ligaram para saber se eu queria os ingressos para ver o resto do jogo. Que dúvida! Aí começou a parte divertida da minha história. Hora do rush, chuva, etc. Saí correndo em direção à casa dos meus amigos para pegar o carro e encontrá-los na parada da Rua 74, linha 7 do subway, conexão para o JFK. A babá dos filhos deles tinha pegado o carro para ir ao super. Decidi ir de táxi. E o Paulinho ligando para o meu celular: “onde é que tu estás?” O ponto de táxi é junto a estação de trem. Cheguei lá e vi uma fila enorme e, claro, nenhum carro disponível. E o Paulinho me ligando. Só me restava o trem...que estava atrasado 6 minutos. A esta altura não sabia o quanto eu iria demorar para encontrá-los. Quando ele me ligou novamente, mandei que fossem para o aeroporto e eu os encontrava lá. Não tinha nenhum ponto de referência, pois eles não sabiam nem o terminal do vôo deles. O JFK é imenso. São 8 terminais e, cada um deles, tem o tamanho do nosso Salgado Filho (desta vez não estou exagerando). Eu disse: “me liga em uma hora para saber onde eu estou”. Tinha que fazer uma conexão de trens para chegar até a estação Jamaica e, de lá, pegar o AIR TRAIN que leva até o JFK.
Neste meio tempo cessou a chuva. Pensei: “só falta eu chegar lá, pegar os ingressos e o jogo recomeçar hoje”. Seria em vão, pois ir e voltar levaria 2 horas, talvez mais. Então aconteceu o inesperado. Na estação do US OPEN entrou um cara que sentou no banco em frente ao meu. Perguntei se eles tinham cancelado o jogo. Ele me disse que não, que estavam secando a quadra para reiniciar a partida em 20 minutos. Putz, não adiantava ir ao aeroporto. Então me deu uma luz: “Ok, mas tu desististe de ver o jogo?”. E o cara: “eu tenho um compromisso inadiável”. Fiquei pensando: será que ele vendeu o ingresso dele? Mas foi só pensar e, do nada, ele se virou e disse: “Queres o ingresso?” Agradeci o sujeito milhões de vezes e desci na próxima estação para voltar. Quando o Paulinho ligou e eu contei, ele não acreditou. Tampouco a Carla, quando eu liguei. “Te manda pro jogo” ela disse.
Quando eu cheguei lá, estava na metade do terceiro set. A partida estava empatada em sets, mas o Nadal tinha uma quebra a seu favor. O jogo do número 1 do mundo é sempre de arrepiar e ontem ele fez história mais uma vez. Mas sobre o jogo vocês podem ler em qualquer lugar. Já a minha história, só aqui no blog.
Hoje, na ressaca do tênis, eu voltei a nadar. Crianças na escola, enfim, tudo de volta ao normal. Enquanto escrevo, meus amigos estão voando pra POA. Hoje é aniversário do Paulinho. Parabéns! Amanhã é aniversário do meu filho, Artur, que completa 3 aninhos. Abraço a todos!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

US OPEN - Semifinais femininas II


Eu e o Paulinho no estádio Arthur Ashe. Mais fotos aqui!

US OPEN - Semifinais femininas

Vou postar mais fotos!

Amigos da PROCEMPA

Pois é. Quando o Loco Abreu jogava no meu time, ele chutava a grama ao bater um pênalti. Agora, no Botafogo, ele dá chapéu no goleiro, antes de fazer um golaço. Dá pra acreditar?
Mudando de assunto, ontem fomos eu e o Pedro (o Pedro pela quinta vez), mais o Paulinho e o Muller ao Museu de História Natural. No sábado passado eu tinha mostrado algumas lojas para os dois em Manhattan e, no domingo, levei-os ao famoso outlet de New Jersey. Saímos bem cedo para não pegar tráfego na ponte George Washington. A volta, 9 horas depois, teve trânsito pesado, mas somente na hora do pedágio. Demos muita sorte. Tenho acompanhado o torneio pela TV e os meus amigos in loco, numa maratona de jogos que termina neste domingo. Estamos tentando ajeitar a agenda do tênis com algum divertimento noturno, mas está meio complicado. Vamos ver. Abraço a todos!

Outlets

Amigos da PROCEMPA gastando um pouquinho...eheheh

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A espera do(s) próximo(s)

Hoje fomos todos ao aeroporto levar a Deise que está voltando ao Brasil, mas com a promessa de tentar voltar para o natal, se ela quiser, é claro. Meus amigos, Paulo e Eduardo, chegam amanhã, mas não quiseram se hospedar aqui em casa. Vão ficar num hotel próximo ao US OPEN. Reitero o convite a todos os amigos: a casa está aberta para quem quiser chegar.
O Artur segue indo na creche e as professoras nos juram que ele está falando bem a língua inglesa. Nós pouco vimos desta habilidade. Uma ou outra frase apenas, misturada com o português. É uma coisa incrível para a compreensão dos adultos, mas natural para as crianças da sua idade.
Já o Pedro, na última semana, passou por momentos marcantes. Caiu seu primeiro dente, empurrado por outro que já estava nascendo. Além disso, eu tive uma idéia certeira. Coloquei-o em cima de uma bicicleta e mandei que ele pedalasse e fui largando aos poucos. No segundo dia ele estava andando perfeitamente. Fiquei impressionado e orgulhoso. Cumpri minha tarefa de pai, assistindo-o nesta conquista. Ficamos todos felizes.
Fechamos sete meses de EUA. Isto significa que em menos de 6 meses estaremos de volta. Tanto que a Deise já levou uma mala cheia de coisas que não iremos mais usar. Ou seja: já começamos a voltar. Tem uma promessa de furacão para hoje, próximo de NY, que trará chuva. Acho que o tempo vai mudar e o verão vai dar adeus, bem antes do dia 21. No dia 8 começa o ano letivo para o Pedro. Decidimos conjuntamente com sua professora que ele vai continuar no jardim de infância. Não tem por que apressar as coisas se, quando voltarmos, ele vai entrar na primeira série. Buenas, por hoje é só. Abraço a todos!