terça-feira, 14 de setembro de 2010

A incrível história da final do US OPEN

No mesmo dia em que recebi uma notícia preocupante sobre o estado de saúde do meu irmão que fora internado às pressas devido a uma crise de apendicite aguda, aconteceram uma sucessão de fatos inverossímeis que culminaram em um final feliz: na noite de ontem assisti 1 set e meio da final do US OPEN sem pagar um tostão sequer. A final foi adiada de domingo para segunda-feira por causa da chuva. O Paulinho e o Muller aproveitaram então a noite de domingo para assistir ao STOMP, que já esteve em POA há alguns anos. Saíram falando maravilhas do show e me agradecendo pela dica. Mas, voltando à final....
O problema é que o tempo, nesta época do ano, é muito instável. O vôo deles estava marcado para 9h45 de ontem. A final começou por volta das 4h30. Adivinhem? Começou a chover na metade do segundo set e eles tiveram que ir para o aeroporto, sem poder ver o fim do jogo, que talvez até ficasse para hoje. Não tinha como prever a duração da chuva. Eles me ligaram para saber se eu queria os ingressos para ver o resto do jogo. Que dúvida! Aí começou a parte divertida da minha história. Hora do rush, chuva, etc. Saí correndo em direção à casa dos meus amigos para pegar o carro e encontrá-los na parada da Rua 74, linha 7 do subway, conexão para o JFK. A babá dos filhos deles tinha pegado o carro para ir ao super. Decidi ir de táxi. E o Paulinho ligando para o meu celular: “onde é que tu estás?” O ponto de táxi é junto a estação de trem. Cheguei lá e vi uma fila enorme e, claro, nenhum carro disponível. E o Paulinho me ligando. Só me restava o trem...que estava atrasado 6 minutos. A esta altura não sabia o quanto eu iria demorar para encontrá-los. Quando ele me ligou novamente, mandei que fossem para o aeroporto e eu os encontrava lá. Não tinha nenhum ponto de referência, pois eles não sabiam nem o terminal do vôo deles. O JFK é imenso. São 8 terminais e, cada um deles, tem o tamanho do nosso Salgado Filho (desta vez não estou exagerando). Eu disse: “me liga em uma hora para saber onde eu estou”. Tinha que fazer uma conexão de trens para chegar até a estação Jamaica e, de lá, pegar o AIR TRAIN que leva até o JFK.
Neste meio tempo cessou a chuva. Pensei: “só falta eu chegar lá, pegar os ingressos e o jogo recomeçar hoje”. Seria em vão, pois ir e voltar levaria 2 horas, talvez mais. Então aconteceu o inesperado. Na estação do US OPEN entrou um cara que sentou no banco em frente ao meu. Perguntei se eles tinham cancelado o jogo. Ele me disse que não, que estavam secando a quadra para reiniciar a partida em 20 minutos. Putz, não adiantava ir ao aeroporto. Então me deu uma luz: “Ok, mas tu desististe de ver o jogo?”. E o cara: “eu tenho um compromisso inadiável”. Fiquei pensando: será que ele vendeu o ingresso dele? Mas foi só pensar e, do nada, ele se virou e disse: “Queres o ingresso?” Agradeci o sujeito milhões de vezes e desci na próxima estação para voltar. Quando o Paulinho ligou e eu contei, ele não acreditou. Tampouco a Carla, quando eu liguei. “Te manda pro jogo” ela disse.
Quando eu cheguei lá, estava na metade do terceiro set. A partida estava empatada em sets, mas o Nadal tinha uma quebra a seu favor. O jogo do número 1 do mundo é sempre de arrepiar e ontem ele fez história mais uma vez. Mas sobre o jogo vocês podem ler em qualquer lugar. Já a minha história, só aqui no blog.
Hoje, na ressaca do tênis, eu voltei a nadar. Crianças na escola, enfim, tudo de volta ao normal. Enquanto escrevo, meus amigos estão voando pra POA. Hoje é aniversário do Paulinho. Parabéns! Amanhã é aniversário do meu filho, Artur, que completa 3 aninhos. Abraço a todos!

Um comentário:

  1. Grande Gera,
    obrigado pelos parabéns. Manda um parabéns para o Artur.
    Essa história foi muito louca mesmo, foi uma correria para todos os lados.
    Mas o importante é que tivemos um representante na final do US Open :-)

    Abraços.
    Paulo

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